URGÊNCIA: há que promover o estudo dos problemas fundamentais da educação física
Uma das raras excepções ao silêncio prolongado da Sociedade Leonina prendeu-se com um post acerca da constante alusão em certos sectores da blogosfera sobre a imperial necessidade do Sporting se reunir em Congresso.
Inicialmente, pensei que o Congresso não estava previsto nos estatutos, mas depois constatei que sim, que estava. Estes eram os grandes argumentos dos defensores do Congresso - (i) estava previsto nos estatutos e (ii) a sua realização urgia.
Mas, o Congresso dos Estatutos não é aquele que os seus mais públicos defensores tanto apelam. O Congresso dos Estatutos tem por objectivo (i) estudo dos problemas fundamentais da educação física, (ii) dos desportos e das actividades culturais e recreativas e (iii), afirmar o espírito de solidariedade entre os desportistas portugueses em geral.»
Para este congresso contem comigo. Para o Congresso que outros pretendiam, não. Até porque, insisto, não será estatutário.
Para um Congresso com os objectivos descritos nos Estatutos:
- não é necessária uma auditoria financeira prévia;
- não há campo para se discutir o futuro de clube;
- naõ é necessário pensar que temas se querem ver discutidos (execpto os referidos);
- não há espaço para se falar sobre quotas suplementares e cartões de associado;
- não há oportunidade para se discutir a dívida da CML e a venda do património;
Para um Congresso em que se discute os problemas fundamentais da educação física:
- não há necessidade de que a comissão organizadora seja coordenada por um Sportinguista independente que não exerça qualquer cargo no Sporting;
- não é necessário que haja consciência das diferentes sensibilidades e parece excessivo alertar para que sejam isentas de segundas intenções.
- não se vislumbra uma urgência tal que tenha que ser realizado já no final da presente época.
A não ser que estes sejam os propósitos do Congresso. E que o objectivo do Congresso seja o mesmo que uma AG, mas dando palco a quem não o tem que ter já.
Daqui a uns tempos haverá AG e eleições. É nesse âmbito que se tem que falar de contas, pavilhões, asssitências, etc.
Sem rodeios, há que admitir que pedir um Congresso com os objectivos que eram pretendidos será, como já foi referido hás umas semanas, pretender criar ruído de fundo à actual direcção. Não mais.
Daí as críticas que se levantaram quanto ao timming e que se levantarão quando o Programa do Congresso revelar que este não será mais do que uma festa de convívio e de axaltação leonina em que auditorias e oposições não terão lugar.
António T. Duarte