lampiões não, obrigado
O futebol é uma arte plástica e os jogadores movem-se efectuando figuras geométricas, já dizia Garbiel, o pensador do futebol português, e com muita propriedade. Tudo se processa de um modo demasiado simples no futebol europeu, demasiado simples para as nossas mentes complicadas.
O F. C. Porto não recorreu quiçá porque se conformou com a decisão, bem ou mal, tomada pela Comissão Disciplinar. Não recorreu porque dá muito jeito perder uns pontitos sem significado. Não recorreu talvez porque prefere ser reconhecido como equipa que tentou corromper dois árbitros, quando a alternativa seria buscar a "sua" verdade até às últimas consequências.
Há um critério simples que foi incumprido na presente época e como tal produz efeitos na época imediatamente subsequente. O critério tornou-se definitivamente incumprido a partir do momento em que optaram por não apelar da decisão.
Meus amigos, a justiça chegou tarde, mas chegou, justiça essa, relativa apenas à ponta do icebergue, pois pelo que se passou nos relvados nos últimos 25 anos todos temos noção que muito mal foi feito por aqueles senhores, mal esse que jamais será punido. Se alguém tiver dúvidas, que leia as transcrições do Apito Dourado.
Mas se temos este fumo de justiça relativamente aos azuis, ela permite o nascimento de outra vergonha: o 4º classificado, eliminado da Taça da Liga sabe-se lá em que eliminatória, derrotado copiosamente da meia-final da Taça de Portugal, salta para a ante-camara da Champions após uma época em que em menos de 12 meses conhece quatro treinadores.
Neste particular, estou com os russos.
MdeG
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