vira o disco e toca o mesmo

1. Quando aparecem os maus resultados surgem imediatamente as críticas banais:
o treinador! a direcção! os jogadores!...
Todos os anos, em toda a parte, é a mesma coisa.
Há sempre um conjunto de intervenientes, os mais numerosos, a quem nunca são assacadas responsabilidades.
Geralmente, esse conjunto de intervenientes é especialista em opiniões de segunda-feira. Após o final do jogo, consegue imediatamente identificar (em regra mal) quais foram os erros cometidos.
Englobo-me no grupo dessas pessoas.
De uma vez por todas, é fundamental perceber que se os sócios e adeptos são os primeiros a empurrar a equipa para baixo, seguramente que ela em baixo continuará.
Talvez tenha chegado a hora de fazermos o nosso acto de contrição e nos chicotearmos psicológicamente a nós mesmos. Os resultados são maus, o que é que eu posso fazer para inverter essa situação?

2. O Sporting tinha, tem e continuará a ter o melhor treinador em Portugal. Camacho , já se sabe, está com os dias contados. De Jesualdo ninguém gosta nem lhe reconhecem os méritos que não tem. Mais uma vez alguns jogadores foram peremptórios a assumir que há falta de entrega e atitude. Há que distinguir a ausência de empenho da má forma atlética, o que não se consegue fazer assistindo apenas via tv, pois as câmaras acompanham a bola e como tal destacam a má execução (um passe falhado, um remate torto) não dando a entender se o jogador A ou B se encontra bem posicionado no terreno, nomeadamente nas manobras defensivas.

3. A partir de agora, mais do que nunca, cada desafio será uma batalha final. Como adepto, vou fazer os possíveis e os impossíveis para estar presente 90 minutos sempre a incentivar. Quando tal não for necessário, sempre poderei remeter os lampiões para um certo sítio.

4. Espero, para terminar, não voltar a assistir a arbitragens do nível da segunda parte no Restelo. Habilidade no critério, condescendência com a violência.

MG