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quinta-feira, fevereiro 21, 2008

Record Encarnado e Centúria sem sentido

1. Escandaloso o artigo de opinião publicado por João Lopes no Record on-line de hoje. Para o João Lopes, o Sporting está obrigado a ganhar e os sportinguistas não perdoarão ao P. Bento que a equipe empate ou perca, mesmo que passe a eliminatória. Logo de imediato, acho inacreditável voltar a colocar a pressão no Paulo Bento antes de uma segunda mão em que tudo temos para passar. E se assim é, é porque na primeira mão o Sporting de Paulo Bento fez por isso. O Sporting tem é que passar! De preferência ganhando, senão empatando ou, senão ainda, perdendo por uma diferença que permita seguir para Madrid ou Bolton. O que não faz sentido é este jornalista dizer que é um jogo do «tudo ou nada». Esquece-se que (i) o Sporting tem 6 (!!) jogadores lesionados do meio campo e ataque (Simon, Izmailov, Derlei, Djaló, Adrien e Paez) e (ii) tem que jogar dia 21 (hoje), dia 24 em Setúbal, dia 27 para a Taça, dia 2 com o benfica e dia 6 com o Madrid/Bolton e dia 10 com o Guimarães. Sabendo que temos 6 lesionados e 6 jogos em 18 dias (!!!), não basta passar??!!!

2. Estou à vontade para criticar porque é um dos 3 ou 4 blogs que acompanho e por vezes comento, para além de saber que tenho por lá bons e antigos amigos. Mas não fará grande sentido a ideia peregrina da Centúria Leonina propor como essencial a realização de um Congresso Leonino.
A Centúria Leonina prima pela diversidade de opiniões e pela apresentação infindável de propostas e críticas à actual direcção do Sporting. Por vezes, as críticas são bastantes injustas, porque assumem como verdade as suas intuições, isto é, acham que tudo o que não é dito não é feito, o que na realidade não é o que se passa nas instutuições. A Centúria tem que se convencer de duas coisas: (i) que não sabe tudo o que se passa nos corredores do Sporting, e (ii) que não tem que saber tudo o que se passa nos corredores do Sporting.
Neste enquadramento, a organização de um Congresso Leonino mais não é do que uma oportunidade para dar voz a contestários da direcção ou para a apresentação de propostas não fundamentadas e muitas vezes demagógicas. Mais não seja, porque este evento teria que ser sempre realizado fora do âmbito da actual Direcção.
Existem muitas oportunidades dos sócios se reunirem e debaterem ideias: os encontros de núcleos, os jantares organizados pelas diversas instituições do Universo Leonino, as tertúlias e grupos de reflexão ad hoc, as entregas de prémios, etc.
Por definição, um Congresso é orgão máximo de uma entidade, onde estão representados ou presentes todos os seus membros.
Num clube este órgão tem já um nome: é a Assembleia Geral.
A organização de um Congresso não fará assim grande sentido, até porque tudo o que dele resultasse teria que ser aprovado por uma Assembleia Geral onde estariam presentes as mesmas pessoas. Servirá assim apenas para criar "ruido de fundo" ou para retirar conclusões altamente demagócias e ineficazes como a que li ainda ontem por um antigo candidato, como dizer que «a principal mais valia do Sporting são os sócios».

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