Os seleccionáveis e os seleccionados

Os otripeiros andam furiosos com as escolhas de Felipão, tanto pela quase total falta de jogadores da sua equipa, como sobretudo pela ausência de Quaresma. Tenho para mim que é normal que ele não seja chamado. Scolari deu-lhe uma oportunidade há pouco tempo e ele não correspondeu. Além disso, os seus jogos a nível interno não têm sido ao nível que muitos por aí apregoam.

Antente-se o Sporting-Oporto da Liga e o Oporto-Sporting da Taça.

No primeiro, não só passou ao lado da partida como revelou um comportamento que não se coaduna com o de internacional A ao agredir cobardemente um colega de profissão, situação que passou despercebida ao árbitro mas não ao seu treinador que o substituiu imediatamente. Já no derby da invicta nos 120 minutos apenas fez um cruzamento, que deu golo facilmente já que, além de ter sido expulso segundos antes o defesa que o marcava, tinha à sua disposição dentro da área 3 companheiros sem marcação.

Por outro lado, as parcas presenças de Bruno Vale e Ricardo Costa. Talvez aqui a crítica principal deva ir para o Mister Parreira. Afinal, nem Helton, nem Pepe, nem Ibson, nem Assunção, nem Jorginho, nem Adriano, nem Alan, nem Diego. Se o Oporto quer ter mais jogadores nos AA, talvez não seja má ideia apostar em atletas portugueses (a sugestão serve para os 18 emblemas primodivisionários). Admito sim, que Scolari chamasse Paulo Santos ou Nelson e Tonel, Ricardo Rocha ou Zé António em detrimento daqueles dois, o que seria perfeitamente normal, já que estamos a falar de suplentes. Aí é que eu gostava de ver as reacções azuis e brancas.

Marquês de Gondomar