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quarta-feira, fevereiro 15, 2006

Orquestra Sinfónica

Curioso.
É curioso que, no dia a seguir à renovação do melhor ponta de lança a actuar no campeonato nacional, após uma longa e morosa negociação em que muitos chegaram a duvidar da real vontade de Liedson em prolongar o vínculo com o Sporting ou do clube ter argumentos financeiros para blindar o brasileiro até 2010 - o ano do contacto - ontem, quarta-feira, os dois principais jornais desportivos, daqueles que volta e meia proclamam o elogio da pureza do futebol dentro das 4 linhas em detrimento das quezílias habituais fora delas, tenham dado à estampa dois títulos que visam lançar desestabilização na semana que antecede uma jornada a todos os títulos crucial, face o calendário próximo dos nossos habituais rivais (com muita pena que possa ter o Eng. Alves).
Não acredito em coincidências. Dois ex-presidentes a criticar o actual elenco, que em menos de 3 meses relançou uma época que surgia aos olhos de todos como terminada, nas capas dos principais desportivos não pode ser obra do acaso.
Não estou aqui a fazer a apologia do candidato A, B ou C, até porque, não só não é altura para isso, como o homem por quem todos esperamos também se tem remetido à lei do bom senso: em silêncio, de cachecol ao pescoço, acompanhando a equipa principal no momento mais importante da temporada.
Para terminar, uma impressão: a renovação de Liedson fez-me lembrar a saída de Luís Figo do Sporting (com as devidas proporções). Na altura, recordo-me de Figo afirmar que, tivesse a direcção do ex-presidente Santana Lopes chegado mais cedo, ele não teria abandonado o nosso clube da maneira que o fez (e levado pelo Zé Veiga). Felizmente Liedson ficou.

Marquês de Gondomar

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