Ronaldo
Cristiano Ronaldo, no fundo, fez aquilo que seis milhões de portugueses (3.5 sportinguistas, 2.5 portistas, ora pois, que nós por cá tivemos em seu tempo aulas de matemática) sempre quiseram fazer. A dúvida agora é saber se o gesto se dirigiu a alguém em concreto (quem adivinha?). Confesso que não aprecio este tipo de linguagem bastas vezes associada ao futebol. Não percebo porque noutros desportos até com propensão para serem mais violentos, como o rugby, os jogadores têm em regra uma postura mais adequada a homens com "hagá" grande. Ronaldo veio de um meio humilde, na ilha da Madeira, mas depressa se fez jogador em Alvalade e agora em terras de sua majestade tem tomado contacto com o very british style, vulgo low profile. Daí que, pessoalmente, tenha tido alguma dificuldade em compreender a sua atitude. Apenas descortino a solução no velho ditado "em Roma sê romano". Ou seja, quem vai à Luz tem de falar a linguagem por lá habitualmente empregue. No fundo, o português do Man. United apenas se quis despedir de alguém, acenando para a bancada. Outra interpretação só pode ser considerada de má fé, ou então feita por quem não conhece a história daquele clube que nem sequer sabe contar até cem (nasceu em 1908 e julga que tem mais de 100 anos).
Marquês de Gondomar
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