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domingo, setembro 25, 2005

Lá que os teve, teve!

Vencemos um zero, num jogo de nível bastante fraco.
Lembro-me, no entanto, que no ano passado fizemos uma exibição de luxo contra o Vitória e no final... um a um, dois pontos voaram.

Este ano não.
O jogo estava morno até que Liedson falhou o penalty.
Na segunda parte, em voz baixa pedia-se nas bancadas que a frente de ataque fosse alargada, com a óbvia saída do trinco Loureiro e a entrada de Wender.

O resultado desta alteração foi... desastroso.
Até então, Paíto estava a entrar pelo flanco com muita propriedade, efectuando cruzamentos sempre perigosos.
Com a chegada do ex-bracarense, o meio campo perdeu fluidez. Deixaram de surgir oportunidades de golo. Verdade seja dita, Wender entrou trapalhão, procurando quase nunca a linha de fundo, optando por descair para o meio, perdendo-se na defesa sadina.

Ainda assim, vários foram os remates do Sporting, embora poucas as defesas de Marco Tábuas.

Foi então que, Peseiro, contrariando um jogo muito fraco, ignorou os apelos de uma massa associativa emotiva que suspirava por Pinilla, fazendo a única alteração possível, face às inúmeras lesões: Entrou Beto para o eixo defensivo, passando Polga para a posição inicialmente de Loureiro.

Peseiro revelou aquilo que se deseja num treinador: governar para a equipa, não para satisfazer os nossos caprichos de adeptos. Peseiro colocou a cabeça no cepo e no final... 3 pontos. Foi um homem corajoso, num jogo mal disputado.

Não pela qualidade do jogo, mas pela bravura revelada, para mim José Peseiro, foi o homem do jogo.

Marquês de Gondomar

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