Rui Jorge

Confirma-se a saída do esquerdino. É estranho que Rui Jorge tenha sabido que não contavam com ele pelos jornais, ou seja, ao mesmo tempo e da mesma maneira que todos nós soubemos. Rui Jorge já não tem a velocidade de outros tempos, é um facto. E na época que agora termina, a equipa revelou grandes qualidades no futebol ofensivo - os 102 golos marcados em toda a temporada em jogos oficiais não foram obra do acaso - mas algumas debilidades em manobras defensivas. No entanto, tenho para mim que o problema é de toda a equipa e não sectorial. No futebol moderno, têm de defender onze.

Há uma situação que me apoquenta, a mim e a todos os sportiguistas: as notícias diárias que dão conta da entrada de "reforços" e saídas do nosso clube. É unânime que Peseiro transformou, ao longo da temporada, o plantel do Sporting no melhor de todo o país. Daí que seja difícil compreender a propalada revolução de balneário constantemente anunciada na imprensa, quando pequenos ajustes talvez fossem suficientes - e aí provavelmente a contratação de um lateral esquerdo, mais alto e mais rápido que Rui Jorge, fosse um imperativo consensual. Assim surgem os jogadores Jorge Luiz ou Edson, atletas que se têm destacado em bons clubes nacionais. O restante chorrilho de nomes será seguramente fruto das habituais movimentações do mercado. Se não se pode contratar bom, aposta-se na prata da casa.

Resta-nos aguardar, com serenidade e confiança na actuação dos nossos dirigentes.

Marquês de Gondomar