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segunda-feira, junho 13, 2005

Plantel 2005/06: ponto da situação

A alvorada da época 2005/06 está indubitavelmente marcada por uma série de entradas e saídas de toda a estrutura verde e branca. A Caldeira da Silva seguir-se-á com toda a certeza Filipe Soares Franco.

Creio que todas estas indefinições e incertezas estão já a marcar a construção do grupo de trabalho que tentará honrar e prestigiar a camisola em ano de centenário.

O grande erro que me parece estar prestes a ser cometido, tem a ver com o facto de aparentemente a equipa do ano que vem poder vir a ser mais fraca que a vice-campeã da UEFA.

Isto porque, apesar de Manoel não ser pior que Mota, as saídas de Rui Jorge, Pedro Barbosa e Hugo Viana (este a caminho do fcp), 3 habituais titulares, são claramente perdas para o grupo, ainda que Edson se possa vir a revelar uma agradável surpresa.
Barbosa quanto a mim, poderia ter sido convidado a renovar por mais um ano, explicando-lhe que seria um ano de transicção para outras futuras funções, que é como quem diz, "para o ano não serás titular, mas enquanto te preparas para treinador das camadas jovens do clube, ficas uma espécie de arma secreta no banco." Seguramente que o "capitão" não estava em condições de fazer quaisquer exigências e que no final, tal como Sá Pinto, assinaria sem ler o contrato.

Mas o pior cenário poderá estar para chegar. Ricardo, Enak, Liedson e Douala são constantemente colocados na porta de saída, enquanto que os reforços não chegam porque não há dinheiro.

A política de quem não tem meios para comprar aquisições deve ser precisamente a inversa: manter todo o grupo, completando-o aqui ou ali, sobretudo através do recurso à prata da casa, melhor e menos arriscada que um qualquer reforço de qualidade duvidosa e sem conhecimento da Super Liga.

Mais uma vez, a experiência de dois dos capitães do plantel, Barbosa e Rui Jorge, seria determinante na adaptação de Hugo Machado, Silvestre Varela, Yannick, Fábio Paím ou mesmo do recém chegado João Moutinho.

A ideia de manter o treinador de uma temporada para a outra não é para revolucionar, mas sim para evoluir na continuidade.

Tudo isto para afirmar que a notícia da troca de Enakarhire por João Paulo é um rotundo disparate. O nigeriano foi só o melhor central da época a actuar em Portugal. A sua saída, ainda que por 5, 10 ou 15 milhões de euros, só poderia ser colmatada por jogador cuja categoria não está ao alcance dos nossos cofres, que além do mais nunca cobraria menos de 100.000 euros mês, furando o famoso tecto salarial de 75.000 euros.

O Sporting fez uma época muito boa a nível internacional, onde seguramente teve proveitos com que não contava. Daí que não faça qualquer sentido a venda das principais caras do onze, sobretudo quando, repita-se, já saíram o lateral esquerdo e dois médios de ataque.

Marquês de Gondomar

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