Mais vale tarde ou...

O Shô Major demitiu-se.
Significa que vamos para eleições antecipadas na Liga? Ainda não está definido, mas em princípio sim.

A nossa Liga, sendo Portugal um país do Oeste europeu longe da Suíça e de outros centros de decisão futebolística, deveria adoptar comportamentos à imagem da ACB espanhola, para onde curiosamente transitou a Galp com o seu apoio financeiro. Significa isto que o próximo presidente deve ser alguém conciliador e não polémico.
Donde resulta que deverá ser alguém insuspeito que tenha um passado ligado ao futebol mas imaculado.

À partida, exclui uma série de candidatos, como o auto-proclamado Rui Alves, presidente do Nacional da Madeira, envolvido entre outras coisas na polémica transferência de Paulo Assunção, desviado no último momento do SCP. Estas pequenas escaramuças retiram credibilidade para ocupar um cargo de largo poder.

Sequeira Nunes, creio ser uma pessoa com maior credibilidade. Vem de um clube outsider, histórico, que para mal dos seus pecados não tem lutado por lugares europeus, sendo que ao mesmo tempo não tem tido dificuldades de manutenção, o que o afasta das habituais guerras por pontos. Teria tudo para ser um bom presidente da Liga.

Porém, o recente episódio da união Sporting-benefica, que apenas conseguiram congregar à sua volta meia dúzia de clubes em torno desta candidatura, significa que a mesma já morreu.

Tudo isto porque o ideal é haver apenas e só uma candidatura unânime. Será assim, antes de encontrar o nome, necessário traçar o perfil.

Isso será motivo para novo post lá mais para a frente. Apenas deixo no ar a ideia que, estando os serviços da Liga situados na região norte/litoral do país, talvez fosse bom ir buscar um senhor a outras paragens para produzir um equilíbrio de forças, à semelhança do aveirense Gilberto Madaíl que se encontra a bulir no litoral/sul.

Marquês de Gondomar